Kerouac Vs Monroe

Durante a guerra, muitas esposas ficaram expostas aos garanhões alheios. Na Califórnia, centenas de comunidades tinham na força feminina a principal potência de trabalho. Neal não tinha muito critério para escolher suas vítimas, era um verdadeiro safado que adorava se lambuzar com louras, pretas, branquelas e tudo mais que aparecesse na frente do seu tesão. Todavia a maior de todas, ou melhor, a mais deslunbrante e encantadora de todas esfacelou o coraçãozinho do rapaz e ainda veio correndo para o meu lado. Continuar lendo “Kerouac Vs Monroe”

Kerouac Vs Chaplin

Vou me permitir encerrar esta primeira parte com um novo parágrafo. Não quero transparecer qualquer tipo de ofensa a quem lê e se acostumou a ver os assuntos separados por vírgulas, pontos e parágrafos. Deixei sim, a faculdade no meio do primeiro ano por que não conseguia me ver adormecido no sonho americano, servindo a pátria de acordo com o poder oficial. Servir ao sonho da liberdade não é seguir as normas de um estado e sim, praticar cotidianamente a diferença sutil que atinge ao espírito de quem se afeta com nossa presença. É na hora de atravessar a rua, se impondo na frente dos carros – que insistem como reis da civilidade, como se fossemos – nós, coletivo de pedestres, entidades mais importantes que os homens que os navegam, ou como tratamos com gentileza aquelas almas (que nunca vimos) que passam nas calçadas, quando as cumprimentamos nas ruas, independente da cor da pele, do tipo de roupa ou do lugar onde moram.

Uma lástima cada vez mais aceita pelos jornais, corrompida pelo rádio e largamente inflamada pelo cinema são as famílias terem medo do desconhecido nas ruas e se fecharem num consumo desenfreado por mercadorias que garantiria a casa como o lugar de proteção. Não quero que o espírito que me habita e me habilita a falar sobre a verdade, seja corrompido pelo sistema. Não vou ser mais um branquinho a trilhar o verdadeiro caminho da América. Continuar lendo “Kerouac Vs Chaplin”